04/08/2021 às 22h03min - Atualizada em 04/08/2021 às 22h03min

Inclusão na prática: projeto ensina skate para pessoas com deficiência

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O Brasil fez história ao conquistar duas medalhas de prata na estreia do skate na Olimpíada de Tóquio e o esporte, que já foi marginalizado no país, passou a ser abraçado pelos brasileiros que torceram vidrados pelas vitórias de Kelvin Hoefler e Rayssa Leal. A conquista olímpica ajuda a legitimar o trabalho de quem enxerga o “skate como evidência do potencial humano”.

A frase destacada acima é a descrição do SkateAnima no Instagram, o projeto fundado pelo skatista e fisioterapeuta neurofuncional Stevan Pinto, que desde 2015 ensina skate para crianças e adolescentes com deficiência em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Para ele, o skate é possível e pode ser experimentado por todas as pessoas. 

“O projeto surgiu durante um atendimento de fisioterapia, na época eu atendia a Naiumy dos Reis, de 12 anos, e ela me pediu para levar um skate na sessão seguinte. Eu levei e vi que para ela não era só uma brincadeira, como andar sentada ou fazer alguma coisa nesse sentido, ela queria experimentar o skate como todo mundo”, conta.

Depois disso, o fisioterapeuta embarcou na ideia e improvisou uma adaptação no andador da aluna, que conseguiu colocar o skate sob os pés e praticar o esporte pela primeira vez. 

“Assim que o skate pegou a velocidade na rampa de acesso da instituição, ela abriu um sorriso enorme e ficou muito feliz de poder ter aquela experiência”, relembra. Atualmente Stevan toca o projeto junto com o psicólogo Daniel Paniagua, que também é skatista.oje Naiumy tem 18 anos e segue na prática do esporte, que foi fundamental para que ela desenvolvesse suas habilidades motoras e, consequentemente, sua independência funcional, segundo explica o fisioterapeuta.

O aluno Renan Prasido é outro destaque do projeto e pratica skate regularmente. No Instagram do SkateAnima, ele é figurinha carimbada e está sempre lançando alguma manobra. 

 

Para o fisioterapeuta, a ideia de inclusão precisa estar na prática e ver o skate brilhar nos Jogos Olímpicos ajuda a impulsionar ainda mais seus alunos. 

“Para nossos alunos que praticam o skate regularmente, legitima ainda mais essa paixão e esse prazer que eles têm pelo esporte. Acho que engrandece um pouco esse sentimento genuíno que eles têm e desperta essa possibilidade em outras pessoas com deficiência, mostrando que é possível para todos praticarem na medida em que criamos e envolvemos as adaptações na prática”, afirma. 


Fonte R71 12

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