Força, dor e resistência definem o que a população negra vive no Brasil desde a época da colonização. Para jogar luz em debates infelizmente ainda bem atuais como racismo e desigualdade social, criou-se o Dia Nacional da Consciência Negra.
O dia 20 de novembro relembra a morte de Zumbi, que foi líder do Quilombo dos Palmares, na região Nordeste, uma comunidade livre formada por escravos fugitivos dos engenhos, além de índios e brancos pobres expulsos das fazendas. A data também tem o intuito de celebrar e relembrar a luta dos negros contra a opressão no Brasil.
Para reforçar a importância do povo e da cultura afro-brasileira, o Metrópoles elencou sete livros para ler não apenas no Dia da Consciência Negra. Confira!
Olhos D’Água, por Conceição Evaristo – Editora Pallas Em Olhos d’Água, estão presentes mães, filhas, avós, amantes, homens e mulheres. Todos evocados nos vínculos e dilemas sociais, sexuais e existenciais. A obra recria as duras condições enfrentadas pela comunidade afro-brasileira.
Quarto de Despejo, por Carolina Maria de Jesus – Editora Ática O livro revela o cotidiano triste e cruel da vida na favela. A linguagem simples comove o leitor pelo realismo e olhar sensível na hora de contar sobre e vivência do personagem na comunidade do Canindé, em São Paulo.
Quando me Descobri Negra, por Bianca Santana – Editora Sesi-SP Por meio da experiência, a autora consegue desvelar um processo contínuo de rompimento de imposições sobre a negritude; de desconstrução de muros colocados à força que impedem um olhar positivo sobre si.
Racismo Linguístico, por Gabriel Nascimento – Editora Letramento A novidade da obra é mostrar tanto as ausências da linguística tradicional quanto o caminho para renovar essa área. Ela dá continuidade ao projeto anticolonial de autores clássicos como Franz Fanon e à crítica decolonial contemporânea, que está transformando debates acadêmicos e políticos ao redor do mundo.
Na Minha Pele, por Lázaro Ramos – Editora Objetiva Lázaro Ramos divide com o leitor reflexões sobre temas como ações afirmativas, gênero, família, empoderamento, afetividade e discriminação. Na Minha Pele também mostra episódios íntimos da vida de Ramos e divide as dúvidas, descobertas e conquistas do autor.