Um professor foi preso em Amparo (SP) suspeito por estupro de vulnerável contra alunos da escola onde lecionava. Seis meninos, com idades entre 12 e 15 anos, registraram boletins de ocorrência contra o educador, mas o número de vítimas pode aumentar com a divulgação do caso, de acordo com o Conselho Tutelar.
Em depoimentos à Polícia Civil, os garotos relataram que o professor substituto, de 35 anos, os abraçava e passava as mãos nas pernas e partes íntimas deles. Os casos teriam ocorrido na Escola Estadual "Doutor Nelson Alves de Godoy", no distrito de Três Pontes.
A prisão ocorreu na sexta-feira (17) e foi confirmada pela Guarda Municipal nesta segunda (20).
"Consta [nos boletins de ocorrência] que uma das vítimas chegou a informar que 'todos os meninos da sala passaram por essa situação (atos libidinosos) e o professor pedia silêncio'", justificou o juiz Fernando Leonardi Campanella, da 1ª Vara do Foro de Amparo, ao autorizar a prisão temporária de 30 dias contra o suspeito.
Além da prisão, foi autorizado o mandado de busca e apreensão de aparelhos celulares relacionados ao professor, com autorização para quebra de sigilo telefônico.
O mandado de prisão foi cumprido pela Polícia Civil de Amparo com o apoio da Guarda Civil Municipal (GCM). O suspeito foi preso na própria residência e passou por audiência de custódia no Fórum da cidade, onde o encarceramento foi mantido.
O professor foi encaminhado ao presídio de Piracaia (SP). O Conselho Tutelar informou que presta assistência aos estudantes e famílias.
A Polícia Civil tem a expectativa que, no período da prisão temporária, mais vítimas compareçam à delegacia acompanhadas pelos responsáveis para prestar depoimento. O reconhecimento dos jovens com o professor também é previsto.
O celular do educador foi periciado e, conforme a Polícia Civil, não foram encontradas trocas de mensagens e fotos enviadas ou recebidas de menores de idade.
A Secretaria de Educação de São Paulo afirmou nesta segunda que colocará à disposição das estudantes a assistência do Programa Psicólogos na Educação, se for autorizado por seus responsáveis.
"O professor foi afastado de suas funções durante a averiguação, que concluiu pela extinção contratual do referido professor", informou.
Assim que foi procurada pelas estudantes, a direção da escola registrou o caso no sistema que monitora a rotina das escolas da rede estadual e acionou a equipe responsável. "A escola e a DE estão à disposição para prestar esclarecimentos à comunidade escolar e autoridades". Fonte: G1