13/05/2022 às 12h43min - Atualizada em 13/05/2022 às 12h43min

Confúcio Moura foi o relator de projeto que declara Tancredo Neves Patrono da Redemocratização Brasileira

A proposição foi aprovada por unanimidade na Comissão de Educação do Senado; senador rondoniense se diz honrado com o apoio dos seus colegas em momento tão delicado da democracia brasileira

Gazeta Rondônia

 

A Comissão de Educação Cultura e Esporte do Senado Federal (CE) aprovou nesta quinta (12), em decisão terminativa, o Projeto de Lei nº 3.778/2021 que declara o ex-presidente Tancredo de Almeida Neves, Patrono da Redemocratização Brasileira. A proposição relatada pelo senador Confúcio Moura (MDB-RO) foi aprovada por unanimidade e agora vai à sanção.

Em sua justificativa, Confúcio Moura relata que a iniciativa da homenagem a Tancredo Neves, primeiro presidente da República no pós-redemocratização, como Patrono da Redemocratização Brasileira teve origem com o PL nº 5.851, de 2005, na Comissão de Legislação Participativa da Câmara Municipal de Governador Valadares, MG, e foi apresentada pela Associação Comunitária de Chonin de Cima (ACOCCI). Logo, uma iniciativa da sociedade civil bastante louvável.

Para Confúcio Moura, este fato comprova que a matéria aprovada trata-se de promover justiça em relação à relevância de Tancredo Neves, sua trajetória política, sua personalidade conciliadora e, sobretudo, seu apreço pela democracia. Com a aprovação do PL nº 3.778/202, segundo o senador, se consolida uma personalidade democrática a ser reverenciada pelas futuras gerações de brasileiros e brasileiras – que certamente nele se inspirarão para a luta pelo fortalecimento da democracia no País como um valor inegociável.

 

Em Tempo

Nascido na cidade de São João del Rei (MG), em 4 de março de 1910, Tancredo de Almeida Neves, iniciou sua carreira política como vereador de São João del Rei. Depois foi eleito deputado estadual, deputado federal por seguidos mandatos, senador e governador de Minas Gerais. Participou da campanha das “Diretas já”, cuja causa central era a aprovação da emenda Dante de Oliveira, que propunha a realização de eleições diretas para presidente da República em 1984.

Após a derrota da emenda, foi lançado candidato à presidência por uma coligação de partidos de oposição, tendo como vice o senador José Sarney. Foi eleito presidente da República pelo Colégio Eleitoral, em 15 de janeiro de 1985. A eleição de Tancredo, apesar de indireta, foi recebida com grande entusiasmo pela maioria dos brasileiros. Afinal, ele seria o primeiro presidente civil do país depois de mais de 20 anos.

O presidente eleito, no entanto, jamais assumiu o governo. Na véspera da sua posse, foi internado no Hospital de Base, em Brasília, com fortes dores abdominais. O seu vice, José Sarney, assumiu a Presidência interinamente no dia seguinte, 15 de março. Após um martírio de 39 dias, o presidente eleito Tancredo Neves morreu no dia 21 de abril de 1985, no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo, vítima de infecção generalizada. 

 


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