O deputado Jair Montes (AVANTE) questionou a qualidade dos serviços públicos prestados à população de Rondônia. Ele expôs outras inquietações pessoais, durante a sessão ordinária desta terça-feira (17), para provocar o setor político rondoniense.
Para o parlamentar, o governo estadual tem falhas, mas não pode ser acusado, por exemplo, pelo abandono da BR-364 e outros problemas, que, segundo ele, deveriam ser resolvidos mediante empenho da bancada federal. "Será que a bancada federal foi condizente com aquilo que o Estado precisa?", perguntou, sugerindo uma ampla reflexão.
"A 364 continua sendo a rodovia morte. Todos os dias temos notícias de acidentes trágicos por falta de manutenção da pista," assinalou Montes.
Ele citou também o caos na saúde, lembrando que um paciente espera até dois anos para realizar uma cirurgia eletiva.
"Eu não posso compactuar com isso," disse, ilustrando a fala com o drama dos portadores de moléstias graves, obrigados a fazer tratamento em sala do almoxarifado do Cemetron e da situação de penúria dos doentes internados no João Paulo convivendo com ratos e baratas. Ele destacou a proximidade das eleições e indagou novamente se o eleitor está satisfeito com os atuais políticos. "Faço aqui a mea-culpa. Se não mereço, não quero voltar ao poder. Gostaria que todos, com mandatos, fizessem a mesma reflexão."
Montes argumentou que não entende como o Tribunal de Contas, que deveria ser apenas um órgão auxiliar da Assembleia, tem poderes acima do Judiciário, que, conforme o deputado, demora para fazer um julgamento e aplicar condenações, pois seguem complexos trâmites legais. "O Tribunal de Contas, porém, faz a operação, investiga, julga e deixa um parlamentar inelegível em pouco tempo. Rondônia precisa avançar e corrigir situações assim," entende ele.
Assessoria.