19/09/2022 às 09h50min - Atualizada em 19/09/2022 às 09h50min

Polícia procura dois dos quatro suspeitos pelo assassinato de vencedor da Mega-Sena

Gazeta Rondônia

Foi presa mais uma pessoa suspeita de envolvimento no assassinato Jonas Lucas Alves Dias, um apostador que ganhou R$ 47 milhões na Mega-Sena.

Jonas, de 55 anos, foi sequestrado e morto por uma quadrilha que já vinha monitorando seus passos. Os criminosos sabiam que ele levava uma vida pacata e simples, mesmo sendo milionário.

 

“Ele era uma pessoa muito rica e levava uma vida muito simples. Não mudou de casa e continuava frequentando exatamente os mesmos lugares com os mesmos hábitos”, diz a delegada titular da Delegacia de Homicídios da DEIC de Piracicaba, Juliana Ricci.

 

Jonas virou milionário da noite para o dia, mas o dinheiro não mudou o seu jeito de ser, como contam os vizinhos.

 

“Sei que ele era igual a gente, pessoa simples, de chinelo, tranquilo”, conta o aposentado João Batista Alves.

 

Jonas mantinha algumas rotinas. Toda manhã, saía da casa a pé entre 5h30 e 6h, até uma padaria do bairro. Na manhã da última terça-feira, dia 13 de setembro, não foi diferente.

“Ele foi até a padaria, como sempre foi. Comprou pão, um suco de laranja e uma esfirra”, diz Juliana.

Imagens mostram Jonas pagando suas compras no caixa, e imagens de câmeras de segurança obtidas pela polícia mostram ele voltando para casa. Lá, entregou o saco de pão para a irmã e saiu mais uma vez.

Depois disso, as imagens mostram um carro preto passando por Jonas. Era um dos carros dos bandidos. Outra imagem mostra o mesmo carro preto e um segundo carro, uma caminhonete de cor prata. Para a polícia, nesse momento os dois carros fizeram a volta e seguiram para sequestrá-lo.

Segundo a investigação, quando os carros retornam pela rua, os bandidos já tinham capturado Jonas. Era por volta de 6h30. Duas horas depois, o mesmo carro preto se dirigiu a uma agência bancária na cidade de Campinas, que fica a menos de 30 minutos de onde Jonas foi sequestrado.

Marcos Vinicyus Sales de Oliveira, mais conhecido como Vini, foi até o caixa eletrônico do banco para tentar habilitar um aplicativo da conta de Jonas, para conseguir realizar transações pelo celular. Foi essa transferência que ajudou a investigação a localizar os bandidos.

 

A polícia identificou Rebeca Messias Pereira Batista como sendo a dona da conta para onde foram transferidos os mais de R$ 18 mil da conta de Jonas. Presa somente neste domingo, ela já havia dito que nunca viu Jonas e não sabia onde os bandidos o mantiveram preso. Mas foi por causa de seu depoimento que a polícia conseguiu identificar os outros suspeitos: um deles, Rogério de Almeida Spínola, também está preso.

 

Jonas teria passado por volta de 20 horas sequestrado. Durante esse tempo, os bandidos o obrigaram a enviar mensagens para a gerente da sua conta, pedindo para fazer uma transferência de R$ 3 milhões.

Por volta das 9 horas da manhã da última quarta-feira (14), Jonas foi encontrado na Rodovia dos Bandeirantes, uma das principais do interior de São Paulo. Ele estava muito ferido e, de acordo com a polícia, foi deixado lá pelos criminosos em algum momento entre a noite da terça-feira (13) e a madrugada de quarta. Jonas foi resgatado com vida pelos funcionários da concessionária que administra a rodovia, mas acabou morrendo no hospital.

Outros dois suspeitos estão foragidos: Marcos Vinicyus, o Vini, que foi até o caixa com o cartão de Jonas – para a polícia, era ele quem dirigia a caminhonete prata; e Roberto Jeferson da Silva, conhecido como Gordo. Ele era o motorista do carro preto. Assista à reportagem completa no vídeo acima. Fonte: G1

 


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