23/11/2022 às 10h25min - Atualizada em 23/11/2022 às 10h25min

Ex-governador Sérgio Cabral desmaia na cadeia ao saber do pedido de prisão contra o filho por contrabando

Gazeta Rondônia

José Eduardo Neves Cabral, filho do ex-governador Sérgio Cabral, é um dos procurados da Operação Smoke Free, deflagrada nesta quarta-feira (23) pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF), contra “uma organização criminosa armada e transnacional especializada em comércio ilegal de cigarros”. 

Ao saber do mandado de prisão contra o filho, Cabral passou mal e desmaiou na cadeia. O ex-governador está preso no Batalhão Especial Prisional (BEP) e estava sendo atendido, por volta das 11h, na enfermaria da unidade de saúde da cadeia, segundo o filho Marco Antônio Cabral e fontes da Polícia Militar.


Até a última atualização desta reportagem, 13 pessoas haviam sido presas, e José Eduardo não tinha sido encontrado.

Entre os alvos também estão PMs, bombeiros, um policial federal e Adilson Coutinho Oliveira Filho, o Adilsinho, procurado desde a Operação Fumus, de junho do ano passado, também contra o comércio irregular de cigarros.

R$ 2 bilhões de prejuízo

A PF afirma que o grupo criminoso investigado é responsável por causar prejuízos à União de cerca de R$ 2 bilhões.

A força-tarefa conta com o apoio da US Homeland Security Investigations, a Agência de Investigações de Segurança Interna dos Estados Unidos. 

A 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro expediu também 50 mandados de busca e apreensão e determinou bloqueio, sequestro e apreensão de bens no valor de R$ 300 milhões. Dentre os bens, estão imóveis, veículos de luxo, criptomoedas, dinheiro em espécie e depósitos em contas bancárias.

De acordo com a PF, a quadrilha contava com “uma célula de serviço paralelo de segurança”, coordenada por um policial federal e integrada por policiais militares e bombeiros. 

 
“O grupo econômico que suporta a organização criminosa investigada é devedor contumaz da União e possui débito tributário de aproximadamente R$ 2 bilhões, segundo informado pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional”, destaca a PF. 

Os investigados podem responder pela prática de crimes de sonegação fiscal, duplicata simulada, receptação qualificada, corrupção ativa e passiva, lavagem de capital e evasão de divisas. 

Se condenados, podem pegar 66 anos de reclusão.

Fonte: Painel Político/Via G1.
 
 


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