O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos), fará um pronunciamento nas redes de rádio e televisão neste sábado (31). O discurso dele, segundo o Ministério das Comunicações, terá sete minutos e será divulgado às 20h.
O pronunciamento de Mourão será uma mensagem institucional de fim de ano, de acordo com pessoas próximas a ele. Além dos votos de Ano-Novo, o vice-presidente fará um balanço da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) e das realizações do governo federal desde 2019.
Ele também deve abordar o atual momento político do país e mencionar os protestos realizados em frente a quartéis-generais do Exército desde o fim das eleições. Mourão entende as manifestações como atos de liberdade de expressão, de acordo com pessoas no entorno do vice-presidente.
Fontes ouvidas pelo R7 disseram, sem revelar o teor da fala, que ele pode fazer alguma referência ao governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que toma posse neste domingo (1º).
O pronunciamento do vice-presidente deve destacar, ainda, a relação de equilíbrio do Executivo com o Congresso Nacional e o STF (Supremo Tribunal Federal), bem como a atuação dos militares no governo Bolsonaro.
Mourão falará na condição de presidente da República, em virtude da viagem de Jair Bolsonaro (PL), nesta sexta-feira (30), para os Estados Unidos. O chefe do Executivo deixou o Brasil no início da tarde, com destino a Orlando, na Flórida.
Nesta sexta, antes da viagem aos EUA, Bolsonaro fez uma live nas redes sociais que durou aproximadamente 50 minutos. Durante a transmissão, intitulada "Prestação de contas e atual momento político", Bolsonaro admitiu a derrota nas eleições, referiu-se a Lula como "governo eleito" e fez críticas ao processo eleitoral.
Apesar de assumir o exercício da Presidência da República com a saída de Bolsonaro do país, Mourão não deve entregar a faixa presidencial a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que toma posse como presidente no próximo domingo.
Nas eleições de 2022, Mourão foi eleito senador pelo Rio Grande do Sul. O mandato dele no Senado começa em 1º de fevereiro do próximo ano.