O número de mortos no incêndio deflagrado no hotel-cassino Grand Diamond City, no Camboja, subiu para pelo menos 26 — informou uma autoridade local nesta sexta-feira (30).
"O número de mortos, que não parou de subir desde quinta-feira, é agora de 26 mortos, incluindo 21 tailandeses", afirmou o diretor do Departamento de Informações da província de Banteay Meanchey, Sek Sokhom.
Há cerca de 100 feridos.
O incêndio começou às 23h30 de quarta-feira (13h30 em Brasília), no Grand Diamond City, um complexo de lazer localizado em Poipet (oeste), na fronteira com a Tailândia.
Centenas de pessoas estariam dentro do complexo, quando o fogo foi declarado.
"A operação de busca terminou", disse Sek Sokhom esta tarde. "As equipes de resgate passaram por todos os lados onde pensávamos encontrar vítimas", acrescentou.
Depois de suspender a operação durante a noite, centenas de policiais, militares e socorristas haviam retomado as tarefas de resgate esta manhã, em meio aos restos queimados do prédio.
Uma fonte do Ministério das Relações Exteriores da Tailândia afirmou que o país está trabalhando em coordenação com as autoridades do Camboja na transferência de feridos para Sa Kaeo, assim como com o envio de caminhões de bombeiros e de socorristas.
As imagens captadas durante o incêndio mostraram cenas apocalípticas, com pessoas abrigadas em varandas, ou parapeitos de janelas, para escapar das chamas monstruosas que engoliam o complexo.
O fogo "se espalhou rapidamente", disse um funcionário do hotel, em choque.
"No início, não foi um incêndio grande", acrescentou, pedindo para não ser identificado.
Um voluntário do grupo de resgate tailandês Ruamkatanyu Foundation disse que o incêndio começou no primeiro andar, mas que as chamas se propagaram rapidamente devido ao carpete altamente inflamável do edifício.
As autoridades cambojanas ainda não informaram a causa do incêndio, que deixou 50 pessoas hospitalizadas, 13 delas em estado grave.
Grand Diamond City fica a apenas 200 metros da fronteira com a Tailândia, país onde cassinos são proibidos. Isso leva muitas pessoas para os inúmeros complexos na fronteira com o Camboja, um dos países mais pobres da Ásia. Nele, a lei tolera o jogo, mas não a participação de seus próprios cidadãos.
Este ano, a região registrou outros incidentes similares.
Em agosto, um incêndio destruiu uma discoteca da Tailândia e deixou 26 mortos. Em setembro, as chamas em um bar de karaokê no sul do Vietnã provocaram 32 vítimas fatais.
A falta de fiscalização das normas de segurança na região é motivo de preocupação, em particular em bares, discotecas e outros locais de diversão.
Um grande incêndio em uma festa de fim de ano em 2009, no clube Santika, de Bangcoc, terminou em 67 mortos e mais de 200 feridos. O proprietário do Santika passou três anos preso após o incêndio, que começou quando fogos de artifício foram disparados enquanto uma banda de rock tocava no palco. Fonte: uol