Aconteceu nesta quinta-feira (28) no tribunal do júri do fórum civil do município de Cerejeiras (RO), o julgamento de Zenir Barros Wiland, 53 anos, acusada da morte do seu marido José Pereira da Silva, 71 anos, que morreu no dia 30 setembro de 2023, no hospital municipal São Lucas, minutos após da entrada na unidade hospitalar. Animais de estimação da família também morreram envenenados segundo laudo de peritos que analisaram o caso.
José e Zenir se conheceram por meio de uma irmã dela que já morava em Cerejeiras e atualmente reside na cidade Pimenteiras do Oeste e que teria apresentado ela a vítima que estava viúvo após perder a companheira de muitos anos de matrimônio e não possuía filhos. Zenir que também era viúva, mãe de uma adolescente, morava na cidade Santo Antônio do Oeste, no estado do Paraná e ficaram namorando virtualmente pelo período de um ano aproximadamente.
Após longo contato apenas pela internet, eles decidiram se conhecer pessoalmente, Zenir e a filha vieram para o município de Cerejeiras onde fixaram residência e posteriormente aconteceu o casamento.
Amigos próximos revelaram que José Pereira era dono de propriedades rurais, gados e imóveis de aluguéis e após o casamento montou uma loja de confecções para a nova esposa em uma das principais avenidas da cidade, até ser assassinado.
O júri popular oriundo do processo 7002542-90.2023.8.22.0013 composto por 6 mulheres e 1 homem, teve início às 08h30min desta quinta-feira e finalizou por volta das 20h.
Familiares e amigos da vítima lotaram o plenário do tribunal do júri e espalharam diversas faixas e cartazes e bandeirolas em veículos com pedidos de justiça para José Pereira da Silva. Durante as oitivas das testemunhas, o vendedor de uma loja de produtos agropecuários confirmou ter vendido para Zenir o veneno para ratos, conhecido popularmente como chumbinho e que teria sido usado para o crime.
O ex-marido de Zenir e pessoas conhecidas dela que residem no estado do Paraná foram ouvidas como testemunhas por vídeo conferência. Já Zenir ao ser ouvida, negou todas as acusações atribuídas a ela e se disse inocente. O veredito final condenou a ré a 27 anos e seis meses de prisão pelos crimes de homicídio qualificado e motivo torpe.
A defesa da acusada foi realizada pelos advogados Luis Lídio Chaves Barbosa, Márcio Lúcio Chaves Barbosa e Mônica Grasiela de Matias.