O vereador de Manaus Rosinaldo Bual (Agir-AM) foi preso preventivamente durante operação do Ministério Público do Amazonas (MPAM) que investiga um esquema de rachadinha na Câmara Municipal, nesta sexta-feira (3).
Rosinaldo Bual tem 49 anos, nasceu em Manacapuru, no interior do Amazonas, mas vive na capital amazonense. É casado e pai de três filhos.
Iniciou a carreira política aos 35 anos, sendo eleito vereador de Manaus pela primeira vez em 2020 e reeleito em 2024, com 7.892 votos.
Em perfil postado na Câmara de Manaus (CMM), Bual informou que desenvolve trabalhos sociais em comunidades há mais de 20 anos, em especial no bairro da Compensa, na capital amazonense.
Atualmente, é presidente da 8ª Comissão de Transporte, Mobilidade Urbana e Acessibilidade. A relação com os transportes vem desde 2005, quando Bual iniciou carreira como instrutor e perito de trânsito. Além de vereador, ele também é proprietário de autoescolas em Manaus.
Antes da vida pública, entre as décadas de 1990 e 2000, trabalhou em uma fábrica de relógios no Polo Industrial de Manaus e incorporou-se às fileiras do Exército Brasileiro, tornou-se sargento e permaneceu nas Forças Armadas até 2004.
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Rosinaldo Bual foi preso junto com sua chefe de gabinete. Segundo o Ministério Público, foram cumpridos mais de dezessete mandados de busca e apreensão e dois de prisão.
Durante a ação, os agentes encontraram três cofres: um na casa de Bual, outro na casa da mãe dele e o terceiro no sítio do vereador. Ele recusou-se a fornecer a senha dos cofres às autoridades. Nos cofres foram encontrados documentos e valores que chegam a quase R$ 1 milhão.
O G1 tenta localizar a defesa de Rosinaldo Bual.
De acordo com as investigações, mais de 100 pessoas trabalharam no gabinete do vereador desde o início do mandato este ano.
Os funcionários recebiam um alto valor de salário na folha de pagamento, mas pessoas ligadas ao vereador intimidavam os trabalhadores para que metade do valor fosse transferido a Bual por dinheiro em espécie ou Pix.
A quebra de sigilo bancário autorizada pela Justiça revelou diversas transferências feitas diretamente para a conta pessoal de Rosinaldo Bual.
Também presa preventivamente, a chefe de gabinete do vereador, segundo a investigação, ocupava posição estratégica como operadora principal do esquema. Ela era responsável pelo contato direto com os servidores comissionados para a cobrança da “devolução” de parte das remunerações.
Fonte: G1.