15/05/2022 às 11h56min - Atualizada em 15/05/2022 às 11h56min

Conheça a trajetória do Gordini aqui no Brasil

Vanessa Dall Alba

Vanessa Dall Alba

Bacharel em Direito, Graduanda em Jornalismo e apaixonada pelo mundo automotivo e por carros antigos.

Vanessa Dall Alba
Foto/Reprodução: Autoentusiastas.

A trajetória do Gordini começa com o seu antecessor o Dauphine Renault, lançado aqui no Brasil pela montadora Willys Overland no ano de 1959. Já em 1962, surge o lançamento do Gordini, veículo idêntico ao Dauphine, contudo, com um potente motor de 40 cavalos e o câmbio com 4 marchas, diferente do seu precursor que só tinha 3.

 
O objetivo principal do lançamento deste veículo não era ter o menor consumo, nem mesmo diminuir o ruído com o uso em quarta longa. Entretanto, sua função era que fosse aproveitada a potência desse motor com um intervalo menor referente a troca de marcha.
 
Em comparação ao Dauphine, o Gordini era mais rápido, com uma aceleração que chegava de 0 a 100 km/h em apenas 28 segundos. Além disso, alcançava de forma ágil 120 km/h, deixando o então concorrente Volkswagen 1.200 “comendo poeira”.
 
O nome Gordini veio por meio da homenagem ao famoso projetista de carros de corrida, Amadeo Gordini. Nome este que sempre teve associação a diversos projetos da marca Renault.
 


 

Gordini uma versão de luxo do Renault Dauphine

O Gordini foi criado para ser uma versão de luxo do Dauphine, onde o mesmo tinha frisos e também calotas mais cromadas. No ano de 1964 chegou ao Brasil a versão esportiva do Gordini, com o nome de 1093.


 

O motor do Gordini 1093 tinha a mesma cilindrada da primeira versão. Entretanto, a sua taxa de compressão foi alterada para 9, 1: 1, ao invés de 7, 7:1. Assim, exigindo uma gasolina “azul” de maior octanagem (combustível de maior resistência a detonação).

 
Além disso, para esse modelo foi necessário o uso de um carburador de corpo duplo, com uma progressão de vácuo de 32 mm. Bem como, um comando de válvulas com maior potência e escapamento com uma quantidade menor de restrição.
 
Com essas modificações, a potência do 1093 passa de 40 para 42 cavalos a 5.800 rotações por minuto. Assim como, tendo a última marcha mais curta, passando de 1.03:1 para 1, 07:1.


Gordini Teimoso, modelo 1965

No final de 1964, chega ao mercado o Gordini “Teimoso”, modelo 1965. Opção mais simples em relação à primeira versão, contando apenas com três cores, sendo marrom, cinza e a preta.
 
Durante o período do seu lançamento o Teimoso 1965 custava metade do preço do Gordini 1964. Tendo como principal motivo incentivar a compra da versão básica desse modelo pela Caixa Econômica Federal, já que o banco oferecia menores taxas de juros em comparação ao mercado financeiro daquela época.

A parte estética do Teimoso era mais básica, onde o mesmo não tinha cromados, nem frisos ou calotas. Internamente, o estofamento era o mais simples daquela época, bem como, os instrumentos eram apenas o hodômetro e o velocímetro.

Gordini II 1966

Um novo lançamento surge em 1966, o Gordini II, modelo com diversas melhorias e contando com novos componentes na parte mecânica. Assim, com uma segurança melhor, que até então era a principal reclamação de seus proprietários.
 
No ano seguinte, o Dauphine é totalmente substituído pelo Gordini III. Sendo que essa versão contava com mais inovações, como por exemplo motor novo e um acabamento mais requintado.
 
A grande novidade do modelo III eram os freios a disco opcionais nas rodas dianteiras. Já que para a Willys era o principal pedido de seus clientes na versão anterior. Outra atualização neste modelo era as lanternas maiores na parte traseira. Além de um câmbio com novas relações e um acabamento interno de melhor qualidade.

 
Gordini IV, o fim da produção desse modelo

Com a chegada do Gordini IV, esse modelo se despede do mercado nacional em 1968. Um total de 74.620 unidades vendidas, o Gordini deixa de ser fabricado para dar lugar para o novo Corcel, feito em parceria da Willys com a Ford, deixando assim um legado de uma década.

 
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