29/06/2023 às 19h35min - Atualizada em 29/06/2023 às 19h35min

​Professor dá soco no rosto de aluno autista para conter surto psicótico

Gazeta Rondônia

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Uma ocorrência grave foi registrada hoje na Escola Estadual Pissinati, localizada em Sinop (MT). De acordo com o relato policial, um professor deu um soco em um aluno de 13 anos com diagnóstico de autismo que entrou em surto em sala de aula.

Ao chegarem ao local, os policiais foram informados pela professora, pela monitora e pela coordenadora sobre o aluno em questão, que possui laudo de autismo, TDH, TOD e suspeita de esquizofrenia. O aluno estava em surto e exibindo comportamento extremamente agressivo, segundo a polícia.


As autoridades presentes já conheciam o histórico do aluno, que incluía incidentes similares ocorridos em outra escola, onde ele agrediu fisicamente a diretora e outros alunos.

Em determinado momento, o aluno jogou uma mesa em uma vítima, que conseguiu desviar-se colocando a mão à frente. Um dos estudantes passou mal e vomitou devido ao pânico gerado pela situação.

Diante da situação, a professora e a monitora solicitaram a presença de um homem na sala para tentar conter o aluno. O professor, que estava dando aula em outra sala, atendeu ao pedido de ajuda e, ao chegar à sala de aula, ouviu gritos de socorro e pedidos de ajuda vindos dos demais alunos.

O professor encontrou o aluno em estado agressivo e em surto, tentando jogar mesas e cadeiras nos demais alunos que ainda estavam na sala. Diante da iminência de mais agressões, o professor tentou contê-lo usando força justa e moderada, porém sem sucesso.

Após soltá-lo, o aluno pegou outra mesa e tentou jogá-la novamente. Em uma ação de legítima defesa própria e dos demais alunos que ainda estavam em risco de integridade física, o professor desferiu um soco no rosto do aluno, ação que cessou e conteve possíveis outras agressões, uma vez que o professor já havia tentado segurá-lo anteriormente, sem sucesso, devido ao porte físico avantajado do aluno.

Imediatamente, a coordenação acionou a mãe do adolescente, o Corpo de Bombeiros Militar e Conselheiros Tutelares para acompanhar o caso, depois que o aluno foi contido.

Outro lado

Por meio de nota, a Diretoria Regional de Educação de Sinop informou que tomou todas as providências para evitar que o aluno se machucasse e que o estudante recebe acompanhamento desde 2022. 

Leia a nota completa:

1 – Sobre o caso de um estudante menor com laudo de Transtorno Opositor Desafiados (TDH) e de Transtorno do Espectro Autista (TEA), da Escola Estadual Olímpio João Pissinati Guerra, em Sinop, que teve uma crise de ansiedade na manhã desta quinta-feira (29) e que precisou ser segurado por um professor na tentativa de evitar que ele se machucasse, a Diretoria Regional de Educação do Polo Sinop informa que tomou todas as providências para apurar os fatos.

2 – Imediatamente, após ficar mais calmo, a família foi comunicada e o estudante foi encaminhado para acompanhamento em unidade de saúde de Sinop.

3 – O estudante recebe acompanhamento por parte da DRE desde 2022, quando foi matriculado na Escola Estadual Professor Djalma Guilherme, também em Sinop, e onde também passou por crises de ansiedade.

4 – Além do acompanhamento por meio da equipe de Atendimento Psicossocial da DRE, o estudante é assistido pelo Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSI), pelo Conselho Tutelar e por uma equipe do Ministério Público Estadual (MPE).

5 – O estudante esteve afastado da escola do dia 03 de maio e 23 de junho por indicação médica, que aconselhou, por meio de laudo, que o estudante permanecesse sob os cuidados e vigilância de sua genitora em tratamento ou internação psiquiátrica, retornando a suas atividades no dia 26.

6 – Com relação ao professor, ele foi afastado das atividades em sala de aula, pela DRE e pela Gestão da unidade, para apuração dos fatos.

7 – Quanto à contratação de Professor Auxiliar para o estudante, foi feita mediante decisão judicial em virtude da ação gerada em 2022 pelas crises do estudante quando esteve matriculado na Escola Estadual Professor Djalma Guilherme, pois, os laudos médicos do estudante não são contemplados no rol de Classificação Internacional de Doenças (CID) que requerem professor auxiliar.

8 – A DRE do Polo Sinop reforça o seu compromisso em cumprir o que determina a Política de Educação Especial da Seduc-MT, com respeito e atenção que é devida ao estudante, bem como, ao que determina o Estatuto do Servidor Público em relação à apuração dos fatos.


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Fonte: MídiaJur.

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