24/09/2024 às 16h39min - Atualizada em 24/09/2024 às 16h39min

Atleta nascido em Cerejeiras, Cristian Ribera supera limites e faz história no esporte paralímpico mundial

Ele é detentor do melhor resultado de um brasileiro na história dos jogos paralímpicos de inverno e Olympikus

Gazeta Rondônia

Cristian Ribeira, atleta paralímpico de Jundiaí (SP), é destaque em esqui cross country, atletismo e corrida em cadeira. É vice-campeão mundial, medalhista de bronze em mundial, campeão de uma copa do mundo, hoje é o terceiro melhor do mundo no esqui, 15º melhor do mundo na cadeira, medalhista Panamericano e medalhista em mundial de jovens no atletismo, é detentor do melhor resultado de um brasileiro na história dos jogos paralímpicos de inverno e Olympikus.

QUEM É CRISTIAN RIBERA


O rondoniense Cristian Westemaier Ribeira, nasceu na cidade de Cerejeiras (RO), (onde possui familiares) no Hospital Municipal São Lucas, em 13 de novembro de 2002. Cristian nasceu com artrogripose – doença congênita das articulações das extremidades e seus pais Adão Zabala Ribera e Solange Westemaier Ribera se mudaram para a cidade de Jundiaí, interior de São Paulo em busca de recursos médicos para o tratamento do filho, que não se prendeu as limitações de sua condição física e se tornou um grande campeão nas modalidades Paralímpicas que participa. 

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O esporte chegou em sua vida quando ainda era muito jovem.

 
“Eu nasci com uma doença chamada artrogripose congênita múltipla, que no meu caso afetou os membros inferiores e para complementar o tratamento os médicos pediram para eu começar em algum esporte, com preferência para a natação, para retardar o processo de atrofia das pernas, porque essa é uma doença progressiva”, conta.

Ele já fazia fisioterapia quase todos os dias da semana e começou a praticar natação aos 4 anos de idade. A partir daí, se interessou em praticar outros esportes, como atletismo, bocha, já jogou tênis, capoeira, e fez dança. “Testei de tudo um pouco.” A partir dos 12 anos, começou a levar as práticas mais a sério para transformar o esporte em carreira e se tornar um atleta paralímpico.

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Toda a trajetória até o título de atleta paralímpico

Aos 15 anos de idade participou de sua primeira paraolimpíada de inverno, conquistando 6º lugar. “Foi um choque. É claro, eu sempre treinei muito, mas não esperava o resultado tão bom assim”, conta. Esse ano, ele foi campeão de uma copa do mundo. Mas, para ele, a competição mais simbólica foi a que competiu junto de seu irmão, que também é seu treinador.

 
“Ele trabalha já há uns seis anos e de dois, três anos para cá, a gente têm trabalhado juntos. Foi nossa primeira conquista juntos, né? E eu consegui a medalha de ouro na Itália”, conta. “Nossa família toda é atleta, minha irmã também é atleta olímpica e ele se formou para ajudar a gente. Eu o abracei, a gente confiou um no outro.” Destaca Cristian.

A importância do apoio da família para a realização de sonhos

O atleta paralímpico conta que na infância teve muitas incertezas.
 
“Foi um período bem difícil para mim, porque como uma criança cadeirante, eu não sabia muito bem como lidar na escola, não entendia por que eu era diferente e se isso era bom ou ruim. E eu fui aprendendo que na verdade é muito bom ser diferente e que cada um faz o melhor que consegue”, explica Cristian. “Depois que eu entendi isso eu comecei a gostar mais dos esportes e buscar a minha Independência também. Isso me ajudou muito a virar o atleta que eu sou hoje e também a pessoa que eu me tornei”. Lembra Ribera.

Mesmo nos dias que não são bons, Cristian conta que focar no treinamento e nos seus objetivos é o que o faz continuar.
 
“Já faço isso há muito tempo, mas tem dias que eu acordo mal e tal, mas […] você tem que fazer. Eu tenho o sonho de ser medalhista paralímpico, então eu tento me focar nisso e sei que mesmo que hoje não seja um dia bom, quando eu chegar lá vai ser por esses dias maus que eu vou ter conseguido”, destaca. Além disso, ele busca forças em sua família para continuar treinando e conquistando o mundo do esporte. “Eu faço isso por eles. Minha família merece!”

Fonte: Tribuna de Jundiai.
 


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