24/04/2022 às 11h47min - Atualizada em 24/04/2022 às 11h47min

Maverick, o lendário esportivo da Ford

Gazeta Rondônia
Vanessa Dall Alba

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O esportivo com um motor V8, essa é a melhor definição para o Ford Maverick.
O Ford Maverick é um daqueles modelos de carros que por onde passa todos já sabem que é ele que está por ali. Já que com o seu motor V8 potente, o ronco desse veículo é incomparável. Além de um visual esportivo considerado por muitos apaixonados por carros um clássico da montadora.

O nascimento de um mito



Pouco antes da crise do petróleo ocorrida em 1960, a montadora norte-americana vinha à procura de um modelo que além de compacto fosse econômico e com um custo mais barato de fabricação. Como também era necessário que esse mesmo modelo tivesse diversos diferenciais em relação a concorrência japonesa e também europeia que naquele momento dominavam o mercado automotivo.
 
Em 1969 a Ford apresenta para seu público um cupê (carro com a carroceria fixa e com lugar para até 3 passageiros) que era equipado com um motor dianteiro potente, bem como, uma tração traseira melhor que os demais carros que estavam em circulação.



A primeira versão do Maverick custava por volta de US$1.995 dólares, um valor médio para aquela época. Além disso, era disponibilizada em  15 cores disponíveis para a escolha de seus clientes.
 
Contava com 2 motores Thrift Power Six, que tinha em linha 6 cilindros, comando de válvula em seu bloco e também válvulas no cabeçote. Essa primeira versão oferecia duas opções de cilindradas, sendo:
 
  • 2,8 litros: Com uma potência de até 82 cavalos e com um torque de 17,8 kgfm;
  • 3,3 litros: Potência de 91 cavalos e um torque de 21,3 kgfm.
 
Já no ano de 1971, a Ford lança o propulsor V8. Assim, dando ainda mais potência, uma melhor dirigibilidade e uma mecânica melhor do que os concorrentes. Além do motor, os opcionais como ar-condicionado, direção assistida e também os freios dianteiros, fizeram com que o Maverick fosse sucesso de vendas ainda em 1971.

Qual a origem do nome Maverick?



O nome Maverick veio por meio de uma homenagem da Ford para um fazendeiro do estado do Texas, o senhor Samuel Maverik. Por conta dele, o emblema oficial do modelo americano tem uma representação de chifre de touro, já que Samuel era um dos maiores donos de touros dos Estados Unidos.

O nome Maverick tem como significado soberano, destemido e também independente. Certamente, a melhor definição para esse carro que até hoje faz sucesso por onde passa. O que pouca gente sabe é que a Ford não foi a primeira montadora a usar esse nome. Anos antes a Motor de Mountain View (Califórnia) já usava esse nome em um de seus veículos.

Edições especiais do Ford Maverick

Diversas versões foram fabricadas com o nome Maverick, contudo a maioria não teve qualquer relação ou aprovação direta da montadora Ford. Sendo apenas consideradas edições especiais desse modelo apenas 2 versões que são:

Versão bicolor



A versão Bicolor foi a edição mais rara desse modelo. O Maverick Bicolor era comercializado com dois tipos de tonalidades sendo elas: branco com verde selva e também branco com azul ultramarino.
 
Pouco se sabe sobre essa versão e nem quantas unidades foram fabricadas. Entretanto, o que se sabe é que são poucos veículos desta edição que ainda estão em circulação no Brasil.

Quadrijet

O Maverick Quadrijet foi uma aposta ousada da Ford, como meio de melhorar a sua performance em corridas esportivas. Essa versão raríssima teve a sua produção em série, já que naquela época só eram aceitos carros de corrida fabricados em série, ou seja, para que o veículo pudesse usar toda a sua potência que, teoricamente, era preparado em fábrica.
 
Sua preparação era realizada sob licença da Ford USA, com a utilização de carburador Quadrijet Holley, coletor de alumínio Edelbrock, bem como, um comando extremo Iskenderian.
 
Essa versão tinha um acabamento com poucos detalhes, tendo apenas como base o Maverick GT. Usando assim os faróis e milhas da marca Cibiê, saia Shelby do Maverick mexicano e um emblema quadrijet.

O Maverick no Brasil


 
Nos Estados Unidos, o Maverick era uma opção para disputar com o Fusca da Volkswagen. Já aqui no Brasil, a missão desse veículo da Ford, era concorrer com o Chevrolet Opala.
 
A primeira apresentação do Ford Maverick ocorreu em 1972 no Salão do Automóvel em São Paulo. Contudo, a sua comercialização aqui no país só ocorreu em 1973 com a versão com o motor 184.

Diferente do modelo americano, a versão brasileira não tinha o chifre de touro em seu emblema, mas sim uma letra “V”. Esse fato ocorreu por conta de John Garner (gerente de marketing da Ford no Brasil), que achou uma opção distinguir o Maverick americano do brasileiro por meio deste detalhe.

A primeira versão apresentada ao mercado automotivo do Brasil não agradou os clientes. Já que o tamanho mais compacto não satisfazia os consumidores locais. Sendo assim, a Ford precisou criar 3 versões para esse público, sendo eles o GT, Super e também o Super Luxo.

O fim da produção desse ícone

Em abril de 1979, a Ford decidiu parar a produção do Maverick. Onde para finalizar a trajetória desse modelo, foram fabricados cerca de 10.537 unidades do GT, 85.654 das versões cupês e 11.879 das edições com quatro portas.

Após o Maverick, a montadora Ford não comercializa, no mercado brasileiro, nenhum outro esportivo que tivesse um motor V8. Deixando assim nos admiradores desse automóvel uma grande saudade. 

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