O começo do verão amazônico em Rondônia traz de volta altas temperaturas e um velho problema, as queimadas. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, 287 focos de calor foram captados pelo sistema de monitoramento de satélites de janeiro a maio de 2022, o que significou um aumento de 41% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Entre as consequências estão a poluição do ar, degradação e diminuição da fertilidade do solo, redução da fauna e flora. As queimadas também afetam o fornecimento de energia. Dados levantados pela Energisa mostram que as queimadas provocaram no ano passado 20 ocorrências, afetando 19 mil pessoas que ficaram sem energia por cerca de 90 horas nesse período.
Carlos Alexandre de Oliveira, gerente de Operações da Energisa no estado, conta que a situação é preocupante e, por isso, a empresa possui um plano especial de atuação para esse cenário.
“Mantemos diálogo constante com o corpo de bombeiros para agirmos rapidamente caso as chamas estejam próximas à rede. Nossas equipes também são orientadas a observarem a existência de focos de fogo durante os deslocamentos de atendimento e reforçamos a quantidade de colaboradores para imediata atuação de acordo com a criticidade da ocorrência”, explica.
De janeiro a maio de 2022, a empresa já registrou seis ocorrências de falta de energia provocadas pelas queimadas em Porto Velho, Cacoal, Guajará-Mirim e Vista Alegre do Abunã. Desta vez, 38 clientes foram afetados com a interrupção total de 20 horas no fornecimento.
Oliveira conta que a redução de clientes impactados foi devido ao investimento em tecnologia que permite manobrar o sistema e utilizar outros circuitos para manter o fornecimento. Porém, os imóveis mais próximos ao foco tendem a ter maior tempo de interrupção.
“O conserto costuma ser complexo, pois é preciso substituir os cabos e outros componentes danificados pelo fogo. Dependendo da extensão, pode levar até cinco horas para completar o serviço”, disse, ao reforçar a importância da prevenção para evitar as queimadas. “Como empresa comprometida com a sustentabilidade, é papel social da Energisa também orientar sobre os perigos e consequências das queimadas para o meio ambiente”, concluiu.
A população deve informar casos de queimadas e incêndios ao Corpo de Bombeiros pelo número 193. Se as chamas estiverem próximas à rede elétrica, deve também acionar a Energisa pelo 0800 647 0120, aplicativo Energisa On ou atendente virtual Gisa (www.gisa.energisa.com.br).
· Não faça queimadas para limpar pastagem ou plantio agrícola;
· Evite acender fogueiras, principalmente em locais perto da rede elétrica;
· Quando acender uma fogueira, posteriormente apague as cinzas com água, para que o vento não leve as brasas para matas, terrenos baldios ou lixões;
· Nunca jogue pontas de cigarro ou fósforos acesos em lixeiras, às margens de rodovias ou próximo a qualquer tipo de vegetação;
· Não queime o lixo doméstico.
· Queimadas próximas às linhas de transmissão
constituem crime federal previsto no Decreto 2.661, de julho de 1998, que proíbe atear fogo numa faixa de 15 metros dos limites de segurança das linhas de transmissão de energia e de 100 metros ao redor das subestações.
Confira outras orientações sobre segurança e de como evitar queimadas nas redes sociais e no canal da Energisa no You Tube.
Fonte: Ascom/Energisa.