A pandemia do novo coronavírus foi o maior desafio que a humanidade passou nas últimas décadas.
Negócios fecharam, milhões de pessoas morreram, o mundo ficou meses trancado em casa.
Os negócios, sobretudo os pequenos, foram os mais atingidos.
Em Cerejeiras, a pandemia chegou oficialmente por volta do dia 20 de março de 2020. Foi nesta data que os decretos estaduais e municipais começaram a obrigar o fechamento do comércio e a impor as severas restrições para os demais setores da economia.
Mas teve empreendedor que decidiu começar um negócio exatamente no meio deste turbilhão.
A coluna INVESTE CEREJEIRAS identificou pelo menos dez negócios que abriram as portas no período pandêmico.
Cabe alertar que o número de empresas abertas no município neste período é bem maior que isso. Um escritório contábil da cidade, por exemplo, viu seu número de clientes saltar 70%, o que indica a abertura de novos negócios em Cerejeiras.
Dentre os negócios que abriram podemos citar, por exemplo, a Caetano Auto Center, fundada pelo mecânico Lonis Caetano dos Santos. “Sempre vivi aqui e decidi investir no município”, disse o empreendedor. Antes de abrir a empresa, ele era um mecânico com um trabalho elogiável na Imaral Auto Center e apostou no novo negócio em meados deste ano.
Praticamente no mesmo setor, a Merakki Metalúrgica também abriu as portas. O empreendedor fundou o negócio é George Lucas Ferreira, que apostou numa atividade que vai atender especialmente o setor de construção civil.
A Merakki Metalúrgica fica quase anexa à Casa dos Vidros.
A Pizzaria Cerejeiras foi fundada pelo empreendedor Samuel Diniz Torres e a esposa dele, Bárbara da Silva Pimenta Torres. Eles começaram a atender no delivery e depois decidiram abrir um ponto físico.
No setor de transportes, a Rápido Cerejeiras também começou a operar em Cerejeiras bem no período da pandemia.
O empreendedor Norberto Carlos Melle, que já tinha 10 anos de atuação no setor, abriu a filial da empresa no município. Uma observação: a razão social da empresa é JJ Transportes e pode ser que o leitor desta reportagem a conheça por esse nome.
O farmacêutico Wesley Assir de Oliveira e a esposa dele, Rosely Fátima de Oliveira da Silva, também decidiram arriscar num negócio próprio no período obscuro da pandemia. Eles abriram a Natu’s Pharma, um farmácia de medicamentos naturais.
Não são apenas os empreendedores que decidiram enfrentar os tempos sombrios e abrir um negócio em Cerejeiras. As mulheres também.
A loja vende uma série de produtos pelo preço único de R$ 10,00, que vão de bijuterias a óculos de sol.
A adolescente Dienyfer Gabrielly Costa Neiva, de 14 anos, abriu a escola de inglês Future English em setembro deste ano. A empresa já nasceu com quase 20 alunos matriculados. Com apoio dos pais, a garota montou a escola numa sala da casa da família e leciona a língua inglesa para crianças e adultos.
Também acreditando no município, a empreendedora Josiane Oliveira é também uma das mulheres corajosas a abrir o negócio na pandemia. Ela acaba de inaugurar a Zahir Fashion bem no centro da cidade, próximo ao semáforo.
Par coroar a presença feminina no empreendedorismo cerejeirense, a bancária Míriam Portela decidiu apostar numa unidade da Emagrecentro no município. A empresa abriu as portas em Cerejeiras em julho deste ano e já conta com uma ampla carteira de clientes. O negócio atende pessoas que queiram perder peso com saúde e segurança.
Todos os empreendedores ouvidos para esta reportagem demonstraram duas coisas.
Primeiro, que eles acreditam no município e viram oportunidades na região de Cerejeiras.
Segundo, eles não escolheram uma “época propícia” para empreender. Eles enfrentaram tempos difíceis, como uma pandemia, pois é nas épocas de crise que o mercado muda, se transforma, mata alguns antigos negócios e fazem prosperar outros novos.