Foi a mais ou menos 1979 que a professora Geni deu aulas na escola “Paulo de Assis Ribeiro”, em Colorado do Oeste, onde morava até então. A partir daí, então o marido dela, o agricultor Joaquim Pereira de Jesus, conseguiu um sítio doado pelo Incra. Foi quando o casal Joaquim e Geni se mudou para esta propriedade rural, perto de Cerejeiras – que ainda não existia, como vale a pena voltar a ressaltar.
Geni lecionou numa escolinha de pau a pique, que ela mesma, o marido e alguns pais de alunos ajudaram a construir. A escolinha ficava onde hoje onde é o Posto Baldin, no cruzamento da Avenida das Nações com a Avenida Integração Nacional (na época chamada de Linha 3 com a 3ª Eixo).
Depois de lecionar um tempo, a professora Geni pegou licença médica e foi sucedida por outra jovem educadora, a professora Maria Helena Barreiros. As duas professoras, portanto, são as educadoras pioneiras do município de Cerejeiras.
A família da educadora pioneira explica que o início das aulas no local onde mais tarde seria a cidade de Cerejeiras, foi muito difícil. “Joaquim saiu nas linhas convidando todos os familiares aos arredores para fazer matrícula de seus filhos. Apareceram na época muitos pais para matricular seus filhos. Aí a professora Geni deu início às aulas e lecionava de manhã e à tarde”, disse Clerio, o filho mais velho da professora.
O casal Joaquim e Geni morava no primeiro sítio que conseguiu adquirir, localizado de frente onde hoje está situado o cemitério de Cerejeiras. Todos os dias, os alunos iam para a escola e passavam em frente o sítio da professora e estudantes e a educadora iam juntos para a escolinha de pau a pique. Somente anos depois foi construída a primeira escola oficial de Cerejeiras, a Floriano Peixoto, da rede estadual e que existe até hoje.
A professora pioneira lecionou também nas escolas Floriano Peixoto e na Castro Alves, no início da década de 1980 – conforme provam algumas fotos anexadas nesta reportagem.
Esta é uma história que, por alguma razão, foi esquecida por muitos, especialmente pelas novas gerações e pelos moradores mais recentes de Cerejeiras. No entanto, com o resgate feito por esta reportagem, espera-se que se faça justiça ao relato desta educadora pioneira e que ela seja honrada como tal.
Por fim, concluímos esta reportagem com três as imagens abaixo, fruto de um trabalho escolar que conta a história da professora pioneira em Cerejeiras.