06/03/2022 às 09h38min - Atualizada em 06/03/2022 às 09h38min

Conheça o relato do empresário que está levando a experiência da cultura do café em Rondônia para pequenos produtores do Acre

Wando, da AgroMais, uma empresa referência em irrigação, visitou produtores de farinha, conheceu lideranças e ministrou uma palestra para pequenos agricultores

Rildo Costa

Rildo Costa

Jornalista e Publicitário

Rildo Costa
 

O empresário Wanderson Edis de Oliveira, conhecido como Wando, de Alta Floresta D’Oeste, Rondônia, passou duas semanas no interior do Acre promovendo a experiência rondoniense da cultura do café para um grupo de pequenos agricultores acreanos.

Além de falar com os pequenos produtores, Wando também conheceu personalidades políticas e religiosas daquele estado.

Dentre as autoridades que conheceu está o deputado estadual Jonas Lima, que foi quem começou a cultura do Café no município acreano de Mâncio Lima, de 19 mil habitantes, distante 30 quilômetros de Cruzeiro do Sul, segunda maior cidade do Acre, com 89 mil habitantes, e a 617 quilômetros da capital, Rio Branco.

O empresário rondoniense conheceu também o deputado Edvaldo Magalhães, que também é um entusiasta da cultura do café, destinando uma emenda parlamentar para Mâncio Lima para ser aplicada no cultivo do grão. De igual forma, conheceu o bispo Dom José Altevir da Silva, que mora no Pará, mas também atua no Acre e foi o autor da parte da Amazônia num documento preparado para o papa Francisco.
 

“Conheci pessoas muito especiais”, disse Wando, por mensagem de WhatsApp. “Deixamos também uma mensagem de experiência e de esperança para os produtores locais”.


Na última quinta-feira, 3, Wando ministrou uma palestra para produtores rurais da região de Mâncio Lima.

O evento, promovido pela Secretaria de Produção do Município, contou com 40 participantes até de cidades mais distantes, como Rodrigue Alves, no Acre, e Guajará, no Amazonas. Já o público local do auditório constou de pequenos agricultores que cultivam mandioca e fabricam farinha, inclusive já contando com a Indicação Geográfica (IG) do produto das pequenas agroindústrias em Mâncio Lima.
 

“Falamos que o cultivo do café robusta é uma alternativa a mais para que eles possam aumentar a renda, sem precisar deixar a cultura da mandioca”, disse Wando.


A palestra contou também com a participação de autoridades locais, como a titular da Secretaria de Produção, Alana Souza, uma jovem engenheira agrônoma cujo trabalho tem se destacado na região, e o prefeito Isaac Lima, que não tem medido esforços para investir na cultura do café em Mâncio Lima.

Na palestra, o empresário rondoniense explicou para os produtores que a renda bruta por hectare da mandioca é de R$ 7 mil. Já a renda bruta do café pode chegar a R$ 120 mil por hectare. “Haverá menos café no mercado nos próximos cinco anos, o que forçará o preço para cima. O café seguirá valorizado. Por isso, a cultura será muito rentável para o pequeno produtor”, disse Wando na palestra.

E não é só a questão da renda, segundo explicou o empresário para os produtores. “O café também é um agregador para a família, pois a renda gerada incentiva a agregação familiar, com os filhos em casa e todo mundo vivendo bem em cima de um pedaço de terra”, explicou Wando aos pequenos produtores rurais acreanos.

Representando a AgroMais, uma empresa que é referência em irrigação em toda a Amazônia Ocidental, Wando levou a mensagem do desenvolvido por meio da cultura do café – que tem dado certo em Rondônia – para o estado vizinho.

O estado do Acre é, em muitos aspectos, carente de alternativas de desenvolvimento. No entanto, a região visitada pelo empresário rondoniense tem um enorme potencial, que pode desabrochar numa cultura de alto valor agregado, como o café.

Em Mâncio Lima, já existem iniciativas sólidas nessa iniciativa. A Secretaria de Produção de Mâncio Lima já distribuiu 32 mil mudas do café robusta entre os mais de 60 pequenos produtores locais. As mudas são do Viveiro Vô Raimundo, que tem registro no Ministério da Agricultura. Mais de R$ 6 milhões em recursos públicos já foram destinados para incentivar a cultura do grão.

Uma cooperativa, a Cooper Café, foi fundada em Mâncio Lima para processar e comercializar o grão.

Além do já citado deputado estadual Jonas Limas, outras autoridades acreanas também estão apoiando a cultura do grão na região, como o deputado federal Jesus Sérgio, dentre outras personalidades políticas.

Para se ter uma ideia do poder da cultura do café para desenvolver aquela região, basta lembrar que a saca do grão por lá está a R$ 782,26.

De qualquer forma, a semente do desenvolvimento por meio da cultura do café já foi lançada.



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