23/04/2022 às 11h06min - Atualizada em 23/04/2022 às 11h06min

Conheça a história da empreendedora que é filha da professora Maria Helena Barreiros e fundou três lojas na região de Cerejeiras

Trabalhando como funcionária no Sindsef, um dia o sonho de empreender renasceu no coração. A demissão de uma amiga do emprego foi o empurrão que precisava para criar coragem e montar um negócio

Rildo Costa

Rildo Costa

Jornalista e Publicitário

Rildo Costa
Empresária Laudy, na matriz de sua empresa em Cerejeiras. Lutas para chegar até aqui. (Foto: Arquivo Pessoal)
A empreendedora Laudelina Aparecida Barreiros, conhecida como Laudy, tem uma trajetória que se entrelaça com a história de Cerejeiras.

Talvez você não saiba, mas a empreendedora é filha de Arthur José Barreiros e da professora Maria Helena Barreiros, uma mulher que deixou um legado no município, por ter sido uma professora pioneira na cidade – onde hoje tem uma escola que leva o nome dela.

Laudy, a empreendedora, começou a trabalhar muito jovem, aos 12 anos já trabalhava para ajudar no sustento de sua família, vendeu bolos e doces, já foi catequista, professora substituta de sua mãe, entre outros serviços domésticos. Seu primeiro emprego formal foi como funcionária pública, trabalhou na escola Castro Alves entre os anos de 1983 e 1990 e no Sindsef (Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Rondônia) entre 1996 e 2003.

Foi no período em que trabalhou no Sindsef que, em maio do ano 2000, o então governador de Rondônia, José Bianco, demitiu vários funcionários, sendo que uma das demitidas era uma amiga da Laudy, a professora Antônia Aparecida do Nascimento.

Ao ver sua amiga sofrendo por estar desempregada, Laudy decidiu tentar fazer alguma coisa para ajudá-la – e ainda por cima realizar um sonho antigo: montar seu próprio negócio. “Eu sempre falava pro meu marido que queria empreender um dia”, conta.

Após a indicação de um fornecedor feita por uma pessoa que conhecia na época, Laudy, com apoio do marido, financiou o início do empreendimento em vendas de joias com vendedoras “sacoleiras”, tendo a amiga como sócia e primeira vendedora do negócio recém-fundado.

Em pouco tempo, o negócio prosperou. Com apenas seis meses, Laudy já havia investido mais de R$ 100 mil e tinha quatro vendedoras externas comissionadas. Vendo o sucesso da empresa, aos poucos foi contratando vendedoras no estado de Rondônia e em 2005 chegou a ter 25 “sacoleiras” externas comissionadas.

Em 2006, uma das vendedoras, irmã da empreendedora, foi assaltada. O episódio envolveu uma ação dos criminosos, que colocou a vida de sua irmã e da família em risco. Foi aí que, pensando na segurança, a empreendedora decidiu abrir a primeira loja, a LD Joias e Relojoaria, onde hoje é a matriz, em Cerejeiras. A loja foi fundada em março de 2007.

Sete meses após a inauguração da primeira loja e com o sucesso da empresa, foi aberta a primeira filial em Corumbiara. Naquele ano, devido ao novo modelo de atuação da empresa, ou seja, migrando aos poucos das vendas externas para a venda nas lojas, o negócio contava com 15 vendedoras externas, todas comissionadas e espalhadas pelo estado de Rondônia.

Entre os anos de 2007 e 2015, as empresas foram se fortalecendo na região com uma boa cartela de clientes e diversidade de produtos, o que colaborou para a abertura da segunda filial, em outubro de 2015, em Colorado do Oeste.

No ano de 2015, a empreendedora voltou a estudar e fez o curso Técnico em Ótica e Optometria. As motivações para voltar aos estudos foram, além da vontade de aprender, a crise econômica daquele período e para agregar valor à empresa. O curso foi finalizado em 2019.

Atualmente, a Ótica LD Joias conta com 12 colaboradores, tem uma matriz e duas filiais. As empresas são administradas pela própria Laudy e atua nos ramos de ótica, relojoaria e fabricação e venda de metais. Este ano de 2022 a empresa está completando 15 anos de loja e 22 anos de história.

Laudy e a professora Antônia. A empresa nasceu para ajudar a amiga depois de uma demissão do emprego no governo. (Foto: Arquivo Pessoal)

Laudy e a professora Antônia. A empresa nasceu para ajudar a amiga depois de uma demissão do emprego no governo. (Foto: Arquivo Pessoal)






 
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